
Cabo Verde deu um passo significativo na sua estratégia de transformação digital com a inauguração do Techpark, uma infraestrutura de ponta que posiciona o arquipélago como um centro tecnológico de referência na África Ocidental. Este projeto ambicioso, financiado em grande parte pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), reflete a visão de transformar o país numa nação digital inclusiva, conectada e global. Durante a cerimónia de inauguração, o Primeiro-Ministro Ulisses Correia e Silva destacou que o Techpark permitirá não apenas criar e exportar serviços tecnológicos de alta qualidade, mas também gerar empregos qualificados para os jovens cabo-verdianos.
O presidente do BAD, Akinwumi Adesina, sublinhou a importância deste marco, afirmando que “Cabo Verde é um exemplo importante para atrair empresas tecnológicas de todo o mundo”. Este reconhecimento reforça o papel do Techpark como catalisador para o desenvolvimento económico e social, ao mesmo tempo que promove a diversificação da economia cabo-verdiana, tradicionalmente dependente do turismo.
Com infraestruturas modernas e uma localização estratégica no Atlântico Médio, o Techpark já acolhe empresas de vários países e tem como meta atrair até 30 empresas até 2030. A iniciativa inclui incentivos fiscais associados a uma “zona franca tecnológica”, além de apostar na formação de talentos locais e na colaboração com instituições académicas e startups. Este esforço conjunto visa consolidar Cabo Verde como um hub digital competitivo, capaz de exportar serviços tecnológicos para mercados globais, incluindo os países de língua oficial portuguesa (PALOP).
Para mais detalhes sobre o impacto do Techpark, visite o site oficial do Governo de Cabo Verde ou leia a cobertura completa no Expresso das Ilhas.
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O TechPark de Cabo Verde, inaugurado em maio de 2025, representa um marco na transformação digital do arquipélago. Este empreendimento, localizado na cidade da Praia, foi concebido como uma infraestrutura de excelência para fomentar a economia digital, a inovação e o empreendedorismo. O projeto é parte de uma estratégia nacional para posicionar Cabo Verde como um hub tecnológico regional em África, aproveitando a sua localização geográfica estratégica e estabilidade política.
O parque tecnológico foi financiado em 95% pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), com um investimento total de aproximadamente 50 milhões de euros (Diário Económico). Este apoio reflete a confiança em Cabo Verde como um exemplo de transformação digital no continente africano.
Além de ser uma infraestrutura física, o TechPark é uma plataforma para atrair empresas tecnológicas, startups e centros de investigação, promovendo a criação de emprego qualificado e a exportação de serviços digitais. O plano de negócios prevê a instalação de 30 empresas até 2030, com a criação de até 1.000 empregos diretos e 2.000 indiretos (Notícias ao Minuto).
Um dos pilares fundamentais do TechPark é a formação e valorização de talentos locais. A infraestrutura inclui espaços dedicados à formação especializada, em parceria com universidades e centros de investigação. Este esforço visa combater a falta de mão-de-obra qualificada e mitigar a fuga de talentos, um desafio comum em países em desenvolvimento.
O TechPark também aposta na diáspora cabo-verdiana, que conta com cerca de 1,5 milhões de pessoas, três vezes mais do que a população residente nas ilhas. Eventos e iniciativas estão a ser organizados para atrair empreendedores e profissionais da diáspora, como um encontro programado para junho de 2025, onde uma empreendedora cabo-verdiana dos EUA irá partilhar a sua experiência e colaborar no desenvolvimento do parque.
Para atrair investidores e empresas internacionais, o TechPark oferece um ambiente de negócios competitivo, com benefícios fiscais associados a uma “zona franca” para a tecnologia. Este modelo inclui isenções fiscais e outros incentivos para empresas que se estabelecem no parque, tornando Cabo Verde uma alternativa atrativa em comparação com outros mercados africanos.
Além disso, o país destaca-se pela sua estabilidade política, liberdade e democracia, fatores que reforçam a confiança dos investidores. O compromisso do governo em desenvolver “ilhas tecnológicas” na África Ocidental é outro elemento que diferencia Cabo Verde no cenário regional.
O TechPark foi projetado para ser uma unidade exportadora de serviços tecnológicos, aproveitando o histórico de Cabo Verde na exportação de serviços digitais para países vizinhos e de língua portuguesa. Empresas como a Visionware, especializada em cibersegurança, já estão a operar no parque, prestando serviços tanto para o mercado local quanto para clientes internacionais.
A experiência acumulada pelo Núcleo Operacional para a Sociedade de Informação (NOSI), uma empresa pública cabo-verdiana, também contribuiu para a criação de uma cultura de inovação no país. O NOSI, que opera no TechPark, desempenha um papel crucial na digitalização de serviços públicos e na exportação de soluções tecnológicas para outros países africanos, como Angola.
A parceria com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) foi essencial para a concretização do TechPark. Este apoio insere-se numa década de cooperação estratégica entre Cabo Verde e o BAD, que inclui investimentos em áreas como energia sustentável, transportes e economia digital (Diário Económico).
O TechPark também está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovendo a inclusão digital e a inovação como motores de crescimento económico e social. A infraestrutura foi projetada para ser ambientalmente sustentável, integrando práticas de eficiência energética e gestão de recursos.
Outro elemento central do TechPark é a sua integração com instituições académicas e centros de investigação. Estas parcerias visam criar um ecossistema de inovação que combina a formação de talentos com a pesquisa aplicada. O objetivo é transformar ideias em soluções práticas, impulsionando o desenvolvimento de startups e a transferência de tecnologia.
Os espaços de coworking e laboratórios de inovação do TechPark oferecem um ambiente colaborativo onde empreendedores, investigadores e estudantes podem desenvolver projetos conjuntos. Este modelo de inovação aberta é essencial para enfrentar os desafios da transformação digital e criar soluções adaptadas às necessidades locais e globais.
Embora o TechPark de Cabo Verde seja uma infraestrutura recente, o seu impacto já é visível na promoção da economia digital, criação de emprego e exportação de serviços tecnológicos. Com o apoio de parceiros internacionais como o BAD e o compromisso do governo em desenvolver um ambiente de negócios competitivo, o TechPark tem o potencial de transformar Cabo Verde numa referência em inovação e tecnologia na África Ocidental.
O TechPark de Cabo Verde tem sido um catalisador para a criação de empregos qualificados, com um impacto direto no mercado laboral do arquipélago. Segundo o plano de negócios do parque, estima-se que até 2030 sejam criados cerca de 1.000 empregos diretos e 2.000 indiretos, abrangendo áreas como desenvolvimento de software, cibersegurança, análise de dados e suporte técnico. Este crescimento é impulsionado pela presença de empresas internacionais, como a Visionware, que já emprega dezenas de jovens cabo-verdianos em funções de alta especialização (Diário Económico).
Além disso, o TechPark promove a retenção de talentos locais, evitando a fuga de cérebros, um problema comum em países em desenvolvimento. A infraestrutura moderna e as oportunidades de formação contínua oferecidas pelo parque criam um ambiente atrativo para jovens profissionais, que agora encontram em Cabo Verde um espaço para crescer profissionalmente sem precisar emigrar. Este modelo de retenção de talentos é essencial para fortalecer a economia local e reduzir a dependência de remessas do exterior.
Historicamente, a economia de Cabo Verde tem sido fortemente dependente do turismo, um setor vulnerável a crises globais, como a pandemia de COVID-19. O TechPark surge como uma solução estratégica para diversificar a economia, posicionando o país como um hub tecnológico na África Ocidental. A exportação de serviços tecnológicos, como soluções de cibersegurança e digitalização de sistemas administrativos, já representa uma nova fonte de receitas para o arquipélago (A Semana).
Empresas como o Núcleo Operacional Para a Sociedade de Informação (NOSI) têm desempenhado um papel crucial nesse processo, exportando soluções digitais para países de língua portuguesa, como Angola, onde recentemente implementaram um sistema de digitalização judicial. Este tipo de exportação não só gera receitas, mas também fortalece a reputação de Cabo Verde como um fornecedor confiável de serviços tecnológicos.
O TechPark foi projetado para atrair empresas tecnológicas de todo o mundo, oferecendo incentivos fiscais e um ambiente de negócios favorável. A criação de uma “zona franca” para tecnologia, com benefícios fiscais específicos, tem sido um dos principais atrativos para investidores estrangeiros. Empresas de países como Portugal, Estados Unidos e Brasil já demonstraram interesse em estabelecer operações no parque, aproveitando a localização estratégica de Cabo Verde no Atlântico Médio (Observatório da Língua Portuguesa).
Além disso, o financiamento de 95% do TechPark pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) reforça a confiança internacional no potencial do projeto. Durante a inauguração do parque, o presidente do BAD, Akinwumi Adesina, destacou Cabo Verde como um exemplo de inovação e resiliência económica, incentivando outras empresas a investirem no país.
Uma das prioridades do TechPark é a formação de jovens profissionais em áreas tecnológicas de ponta. Em parceria com universidades locais e internacionais, o parque oferece programas de capacitação em inteligência artificial, blockchain, cibersegurança e outras tecnologias emergentes. Estas iniciativas não apenas preparam os jovens para o mercado de trabalho, mas também criam uma base de talentos altamente qualificados que pode atender à crescente demanda de empresas tecnológicas.
O envolvimento de empresas como a Visionware, que utiliza o parque como base para treinar e empregar jovens em cibersegurança, é um exemplo claro do impacto positivo destas parcerias. Este modelo de formação prática, aliado ao acesso a tecnologias de última geração, posiciona Cabo Verde como um líder em inovação tecnológica entre os países africanos de língua portuguesa (CaboWork).
A exportação de serviços tecnológicos é um dos pilares do modelo de negócios do TechPark. Cabo Verde já possui um histórico sólido nesta área, com empresas como o NOSI liderando projetos de digitalização em países vizinhos. O parque tecnológico amplifica esta capacidade, oferecendo infraestrutura de classe mundial, como centros de dados e redes de fibra ótica, que suportam a prestação de serviços a clientes internacionais.
O plano de negócios do TechPark prevê que até 2030 o volume de negócios gerado pela exportação de serviços tecnológicos se torne uma das principais fontes de receita do país. Este crescimento não apenas contribui para o PIB, mas também cria empregos indiretos em setores como logística, suporte técnico e consultoria empresarial. A meta de alcançar 30 empresas instaladas até 2030 reflete o compromisso de Cabo Verde em se tornar um centro de excelência em tecnologia e inovação.
A localização estratégica de Cabo Verde, aliada à sua infraestrutura tecnológica avançada, torna o país um destino atrativo para nómadas digitais e empresas globais. O TechPark oferece um ambiente ideal para profissionais que trabalham remotamente, com acesso a internet de alta velocidade e espaços de coworking modernos. Este segmento de mercado tem crescido rapidamente, e Cabo Verde está bem posicionado para capturar uma parcela significativa deste público.
Além disso, a conectividade internacional do arquipélago, garantida por quatro cabos submarinos de internet, permite que empresas locais prestem serviços a clientes em qualquer parte do mundo. Esta conectividade é um diferencial competitivo que reforça o papel de Cabo Verde como um hub tecnológico na região (A Semana).
Este relatório apresenta uma visão detalhada do impacto económico e social do TechPark de Cabo Verde, destacando a criação de emprego, a diversificação económica e a exportação de serviços tecnológicos como pilares do desenvolvimento sustentável do país.
Cabo Verde tem implementado um conjunto de incentivos fiscais altamente competitivos para atrair empresas tecnológicas ao TechPark, posicionando-se como um destino estratégico para investimentos no setor de tecnologia. Estes incentivos incluem isenções de impostos sobre lucros por períodos que podem chegar a 15 anos, dependendo do impacto e inovação do projeto. Além disso, há reduções significativas em taxas alfandegárias para importação de equipamentos tecnológicos, facilitando o estabelecimento de operações locais. Este modelo fiscal é complementado por acordos de dupla tributação e proteção ao investimento, que garantem segurança jurídica aos investidores internacionais (S&D Consultoria).
Embora o conteúdo existente já tenha abordado o conceito de “zona franca” e incentivos fiscais gerais, esta seção foca especificamente na aplicação prática destes benefícios para empresas tecnológicas, detalhando as condições e vantagens exclusivas oferecidas pelo governo cabo-verdiano.
A parceria estratégica com instituições financeiras internacionais, como o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), tem sido fundamental para viabilizar o TechPark. O BAD financiou 95% do projeto, o que demonstra a confiança internacional no potencial de Cabo Verde como um hub tecnológico. Além disso, o programa Global Gateway da União Europeia disponibilizou 240 milhões de euros para projetos de transição energética e economia azul, dos quais parte é destinada à infraestrutura tecnológica (Expresso das Ilhas).
Esta seção complementa os tópicos existentes ao explorar como estas colaborações financeiras não apenas viabilizam o TechPark, mas também criam um ambiente atrativo para investidores que buscam estabilidade e suporte financeiro robusto.
O governo de Cabo Verde tem promovido parcerias público-privadas (PPPs) como uma estratégia central para acelerar o desenvolvimento do TechPark e expandir a sua capacidade de exportação de serviços tecnológicos. Estas parcerias incluem colaborações com empresas internacionais de tecnologia para a criação de centros de dados, espaços de coworking e programas de formação em competências digitais. Por exemplo, o projeto Cabo Verde Digital tem sido um catalisador para conectar startups locais com empresas globais, promovendo a transferência de conhecimento e inovação tecnológica (A Semana).
Embora o conteúdo anterior tenha mencionado a cooperação internacional, esta seção destaca especificamente as PPPs como um mecanismo para integrar o setor privado no desenvolvimento do TechPark, criando sinergias que beneficiam tanto empresas locais quanto internacionais.
Para atrair talentos globais e empresas tecnológicas, Cabo Verde tem simplificado os processos de vistos e criado infraestruturas de apoio específicas. O programa de admissões para startups internacionais, parte da Fase II do projeto TechPark, inclui parâmetros claros sobre custos e duração de vistos, facilitando a entrada de profissionais qualificados. Além disso, o TechPark já conta com três centros de dados, um centro de negócios e espaços dedicados ao empreendedorismo e formação tecnológica (A Semana).
Esta seção adiciona uma nova dimensão ao explorar como a facilitação de vistos e a infraestrutura de suporte são elementos-chave para atrair empresas e profissionais de tecnologia, complementando os incentivos fiscais e as parcerias estratégicas.
O TechPark foi concebido com o objetivo de transformar Cabo Verde num centro de exportação de serviços tecnológicos para mercados globais. A localização estratégica do arquipélago no Atlântico Médio permite acesso facilitado a mercados na Europa, África e América do Sul. Além disso, o governo tem investido em infraestruturas de fibra ótica e conectividade digital para garantir que as empresas no TechPark possam operar de forma eficiente e competitiva. Este foco na exportação é reforçado por programas como o Cabo Verde Digital, que promove a internacionalização de startups locais (S&D Consultoria).
Embora o impacto económico da exportação de serviços tecnológicos tenha sido abordado em relatórios anteriores, esta seção foca-se na promoção ativa da internacionalização como uma estratégia central do TechPark, detalhando os esforços específicos para posicionar Cabo Verde como um fornecedor global de serviços tecnológicos.
O TechPark de Cabo Verde emerge como um marco transformador na estratégia de diversificação económica e digitalização do arquipélago, posicionando o país como um hub tecnológico de referência na África Ocidental.
Com um investimento significativo de 50 milhões de euros, financiado em 95% pelo Banco Africano de Desenvolvimento, o parque tecnológico combina infraestrutura de excelência, incentivos fiscais atrativos e parcerias estratégicas para atrair empresas globais e fomentar a inovação. Este projeto não só promove a criação de até 3.000 empregos diretos e indiretos até 2030, mas também reforça a exportação de serviços tecnológicos, consolidando Cabo Verde como um fornecedor competitivo de soluções digitais para mercados internacionais, incluindo países de língua portuguesa como Angola.
Além disso, o TechPark aposta na formação e retenção de talentos locais, combatendo a fuga de cérebros através de parcerias com universidades e centros de investigação, bem como iniciativas voltadas para a diáspora cabo-verdiana.
A integração de tecnologias emergentes, como inteligência artificial e cibersegurança, em programas de capacitação, prepara os jovens para um mercado global competitivo, enquanto a conectividade digital robusta, garantida por cabos submarinos, posiciona Cabo Verde como um destino atrativo para nómadas digitais e empresas tecnológicas (A Semana).
Com um modelo sustentável alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o TechPark não só diversifica a economia, reduzindo a dependência do turismo, como também projeta Cabo Verde como um exemplo de inovação e resiliência económica no continente africano. O sucesso do projeto dependerá da continuidade das parcerias público-privadas, do fortalecimento do ambiente de negócios e da promoção ativa da exportação de serviços tecnológicos, consolidando o país como um centro de excelência em tecnologia e inovação.