As oportunidades de investimento em Cabo Verde: os setores em crescimento

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Cabo Verde, tem-se destacado como um destino promissor para investidores globais. Com uma economia em desenvolvimento e um ambiente político estável, o país oferece um leque de oportunidades em diversos sectores.
Com esta análise, a S&D Consultoria visa explorar os sectores em crescimento que apresentam potencial significativo para investimentos futuros.

O turismo, que representa cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB), continua a ser o principal motor económico de Cabo Verde. Em 2023, o país atingiu pela primeira vez a marca de um milhão de hóspedes anuais, com uma concentração de 95% nas ilhas do Sal e Boa Vista. Este crescimento foi impulsionado por novas rotas aéreas, investimentos em infraestruturas turísticas e uma aposta crescente no turismo sustentável, como destacado no Programa Operacional do Turismo (POT), que prevê um orçamento de 200 milhões de euros até 2026.

Outro setor em ascensão é o das energias renováveis, onde Cabo Verde tem demonstrado um compromisso significativo com a transição energética. O governo estabeleceu a meta de alcançar 50% da matriz energética proveniente de fontes renováveis até 2030, com um foco em energia solar e eólica. Esta ambição é acompanhada por incentivos fiscais e regulatórios, como isenções de impostos e benefícios aduaneiros, para atrair investimentos estrangeiros, conforme detalhado pela S&D Consultoria.

Além disso, o setor das TIC está a emergir como um pilar essencial para a diversificação económica. Com uma população jovem e crescente acesso à internet, Cabo Verde tem o potencial de se tornar um hub tecnológico regional, atraindo startups e empresas inovadoras. Este desenvolvimento é apoiado por investimentos em infraestruturas digitais e iniciativas de capacitação, como sublinhado no Relatório de Energia Renovável em África.

Com um Orçamento de Estado para 2025 que prioriza a inclusão social, sustentabilidade e inovação, Cabo Verde está a criar um ambiente de negócios mais favorável para investidores. Este compromisso reflete-se em medidas como a redução da taxa de IRC e a implementação de incentivos à valorização salarial e à inovação empresarial, conforme descrito no relatório da S&D Consultoria.

Este relatório explora em detalhe as oportunidades de investimento em Cabo Verde, destacando os setores em crescimento e as estratégias que podem ser adotadas para maximizar o retorno sobre o investimento, enquanto se contribui para o desenvolvimento sustentável do país.

Os setores em crescimento em Cabo Verde: Turismo Sustentável, Energias Renováveis e Tecnologia

O turismo sustentável: expansão e estratégias de diferenciação

Cabo Verde tem demonstrado um crescimento significativo no setor do turismo sustentável, consolidando-se como um destino de referência no Atlântico. Em 2023, o país registou um aumento de 20% no número de turistas, alcançando a marca histórica de 1 milhão de hóspedes, com 95% concentrados nas ilhas do Sal e Boa Vista (INE-CV). Este crescimento foi impulsionado por investimentos em infraestruturas e pela promoção de práticas de turismo sustentável, como a preservação da biodiversidade e a valorização da cultura local.

Diversificação geográfica e experiências autênticas

Embora o turismo esteja concentrado em Sal e Boa Vista, há esforços para diversificar a oferta turística para outras ilhas, como Santo Antão e São Vicente, que possuem paisagens montanhosas e tradições culturais únicas. A promoção de experiências autênticas, como trilhas ecológicas, festivais culturais e visitas a comunidades locais, está a atrair um perfil de turista mais consciente e interessado na sustentabilidade.

Iniciativas governamentais e investimentos

O Programa Operacional do Turismo (POT) 2022-2026, com um orçamento de 200 milhões de euros, é um exemplo de como o governo está a integrar o turismo sustentável em todos os setores da economia (Portugal Global). Este programa inclui a criação de rotas ecológicas, incentivos para hotéis verdes e campanhas de marketing direcionadas a mercados emissores como o Reino Unido, Alemanha e Portugal.

Energias renováveis: acelerando a transição energética

Cabo Verde está a posicionar-se como líder regional em energias renováveis, com metas ambiciosas de atingir 50% de energia renovável até 2030 e 100% até 2040 (ONU News). Este setor é fundamental para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e garantir a segurança energética do arquipélago.

Projetos de infraestruturas verdes

O projeto emblemático Cabeólica, uma central eólica que já contribui significativamente para a matriz energética do país, é um exemplo de como Cabo Verde está a investir em infraestruturas verdes. Além disso, estão em desenvolvimento projetos solares e híbridos para aumentar a capacidade instalada e melhorar a eficiência energética.

Oportunidades de investimento no setor

Com o apoio de instituições como o Banco Africano de Desenvolvimento, o setor de energias renováveis tem atraído investimentos estrangeiros diretos. Em 2024, registou-se um aumento de 15% nos investimentos no setor energético, destacando o interesse internacional em explorar o potencial de Cabo Verde (African Development Bank). Startups locais também estão a explorar soluções inovadoras, como sistemas de armazenamento de energia e tecnologias de mobilidade elétrica.

As parcerias público-privadas

As parcerias público-privadas têm sido fundamentais para superar desafios como a falta de capital inicial e a necessidade de transferência de tecnologia. O governo tem facilitado estas colaborações, criando um ambiente regulatório favorável e promovendo a integração de startups no setor energético.

A tecnologia: o ecossistema de startups e a digitalização

O setor tecnológico de Cabo Verde tem crescido rapidamente, impulsionado por uma população jovem, crescente acesso à internet e políticas governamentais de apoio à inovação. O país está a emergir como um hub tecnológico na África Ocidental, com foco em startups, fintechs e digitalização de serviços.

Incentivos governamentais e programas de aceleração

O governo cabo-verdiano tem implementado incentivos fiscais e programas de aceleração, como o “Tech Hub CV”, que conecta startups locais a investidores internacionais. Estes programas têm gerado um aumento médio de 30% nas receitas das startups participantes (Tech Hub CV).

Digitalização e inclusão financeira

O setor das fintechs está a ganhar relevância, com o Banco de Cabo Verde a liderar iniciativas para mapear o ecossistema fintech e promover a inclusão financeira. Estas iniciativas incluem o desenvolvimento de plataformas digitais para facilitar o acesso a serviços financeiros, especialmente em áreas rurais (S&D Consultoria).

A educação e formação em tecnologia

Parcerias entre startups e instituições académicas têm sido cruciais para o desenvolvimento de talentos tecnológicos. Estas colaborações permitem o acesso a competências digitais e promovem a inovação baseada em pesquisa, fortalecendo o ecossistema tecnológico do país.

A agricultura sustentável e tecnologias inovadoras

Embora menos destacado, o setor agrícola está a beneficiar de tecnologias inovadoras que melhoram a eficiência e a sustentabilidade. Soluções como sistemas de irrigação inteligentes e monitorização digital de culturas estão a ser implementadas para enfrentar os desafios climáticos e aumentar a produtividade.

A integração com outros setores

A integração da agricultura com o turismo sustentável, através de iniciativas como o agroturismo, está a criar novas oportunidades de negócio. Estas iniciativas permitem aos visitantes experimentar práticas agrícolas locais, promovendo a economia circular e a sustentabilidade.

O financiamento e apoio técnico

Organizações internacionais e o governo têm oferecido financiamento e apoio técnico para projetos agrícolas inovadores. Este apoio é essencial para superar barreiras como a falta de acesso a crédito e a necessidade de modernização das infraestruturas agrícolas.

A indústria criativa: um pilar emergente

A indústria criativa está a emergir como um setor de crescimento, com foco na música, artes visuais e design. Cabo Verde, conhecido pela sua rica herança cultural, está a utilizar a criatividade como uma ferramenta para diversificação económica e promoção internacional.

A exportação da cultura e as parcerias internacionais

A exportação de produtos culturais, como música e artesanato, tem sido promovida através de parcerias com organizações internacionais. Estas parcerias ajudam a ampliar o alcance global da cultura cabo-verdiana, gerando receitas e criando empregos no setor criativo.

As iniciativas locais e sustentabilidade

Iniciativas locais, como festivais de música e feiras de artesanato, estão a destacar a importância da sustentabilidade na indústria criativa. Estas iniciativas não só promovem a cultura local, mas também incentivam práticas sustentáveis, como o uso de materiais reciclados no artesanato.


Os incentivos governamentais e as estratégias de investimento em Cabo Verde

As políticas fiscais para a atração de investimentos estrangeiros

O governo de Cabo Verde tem implementado um conjunto de políticas fiscais para atrair investimentos estrangeiros, com foco em setores estratégicos como turismo, energias renováveis e tecnologia. Entre as medidas destacam-se isenções de IVA e direitos de importação em setores prioritários. Por exemplo, o orçamento de 2025 prevê isenção de IVA para importações de equipamentos destinados à sustentabilidade no turismo e ao setor da saúde (PwC Portugal). Essas isenções visam reduzir os custos iniciais de investimento, incentivando empresas estrangeiras a estabelecerem operações no arquipélago.

Além disso, o governo criou zonas económicas especiais com incentivos fiscais adicionais, como taxas reduzidas de imposto sobre o rendimento e benefícios para exportadores. Essas zonas são projetadas para atrair empresas em setores de alta tecnologia e manufatura leve, promovendo a diversificação económica.

Financiamento e parcerias internacionais

Cabo Verde tem assegurado financiamento significativo de instituições internacionais para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável. A iniciativa Global Gateway, por exemplo, disponibilizou 240 milhões de euros para a transição energética e a Economia Azul, com 60 milhões destinados ao projeto Santiago Pumped Storage (Expresso das Ilhas). Este financiamento é crucial para atingir a meta de 30% de penetração de energias renováveis em 2025 e 50% até 2030.

Adicionalmente, o governo tem colaborado com bancos de desenvolvimento, como o Banco Africano de Desenvolvimento, para criar fundos de co-investimento que facilitam a entrada de capital estrangeiro em setores emergentes. Estas parcerias ajudam a mitigar riscos para investidores e a garantir a viabilidade financeira de grandes projetos de infraestrutura.

Incentivos à inovação e a digitalização

Diferente do conteúdo existente que aborda o “Tech Hub CV” e programas de aceleração para startups, esta seção foca em iniciativas mais amplas de digitalização e inovação empresarial. O governo está a promover a substituição de contadores analógicos por contadores inteligentes e a digitalização das redes de transporte e distribuição de energia, como parte de sua estratégia de modernização do setor energético (Expresso das Ilhas).

Além disso, o setor financeiro tem se beneficiado de avanços digitais, com o Banco de Cabo Verde a liderar iniciativas para promover a inclusão financeira através de plataformas digitais. Essas iniciativas são especialmente relevantes para áreas rurais, onde o acesso a serviços financeiros tradicionais é limitado.

Apoio ao investimento da diáspora

As remessas da diáspora cabo-verdiana desempenham um papel crucial na economia, representando cerca de 12% do PIB em 2023 (S&D Consultoria). Para maximizar o impacto económico dessas remessas, o governo criou o Programa de Investimento da Diáspora Cabo-Verdiana (PIDC), que oferece incentivos específicos, como acesso facilitado a financiamento e isenções fiscais para projetos empresariais.

Além disso, a colaboração com instituições financeiras internacionais tem permitido à diáspora participar em projetos de grande escala, como o desenvolvimento de energias renováveis e infraestrutura digital. No entanto, desafios como a burocracia e a falta de clareza regulatória ainda precisam ser superados para atrair mais investimentos deste segmento.

As estratégias de sustentabilidade e economia azul

Cabo Verde tem priorizado a sustentabilidade como um pilar central de sua estratégia de desenvolvimento. Projetos como o primeiro sistema de armazenamento por baterias (BESS) em larga escala, com capacidade de 26 megawatt-hora, são exemplos de como o país está a integrar energias renováveis na sua matriz energética (A Nação). Este projeto, desenvolvido em parceria com a WinPower e a Cabeólica, visa aumentar a penetração de energias renováveis de 18,5% para 30%.

No âmbito da Economia Azul, o governo está a investir em iniciativas que promovem a exploração sustentável dos recursos marinhos. Estas incluem projetos de aquacultura e a modernização de portos para apoiar o comércio marítimo. A criação de um ambiente regulatório favorável e a atração de parcerias público-privadas são fundamentais para o sucesso dessas iniciativas.

A capacitação e o desenvolvimento de Recursos Humanos

Para garantir o sucesso das estratégias de investimento, o governo tem investido em programas de capacitação e formação técnica. Diferente das iniciativas já mencionadas em tecnologia, esta seção destaca esforços em setores como energias renováveis e turismo sustentável. Por exemplo, programas de formação em gestão de projetos de energia solar e eólica têm sido implementados em parceria com universidades locais e internacionais.

No turismo, iniciativas de formação em hospitalidade e gestão sustentável têm como objetivo melhorar a qualidade dos serviços e fortalecer a competitividade do setor. Estas ações são complementadas por campanhas de sensibilização para a importância da sustentabilidade e da preservação cultural.

A infraestrutura e a conectividade

Embora o conteúdo existente mencione o desenvolvimento de infraestruturas verdes, esta seção aborda a conectividade como um fator crítico para atrair investimentos. Cabo Verde possui quatro aeroportos internacionais e uma rede de portos modernizada, que facilitam o comércio e o turismo. Além disso, a penetração da internet, que atingiu 65% da população em 2023, tem sido um fator chave para o crescimento do setor de tecnologia (ITU).

Investimentos adicionais estão a ser realizados para expandir a conectividade digital, incluindo a instalação de cabos submarinos de fibra ótica que melhoram a velocidade e a estabilidade da internet. Estes avanços são essenciais para atrair empresas de tecnologia e fortalecer o ecossistema de startups.

Os desafios e as recomendações para maximizar as oportunidades de negócio

1. A superação das barreiras ao financiamento

Embora Cabo Verde tenha implementado políticas para atrair investimento estrangeiro, o acesso ao financiamento continua a ser um desafio significativo, especialmente para pequenas e médias empresas (PMEs) e startups locais. Apesar de iniciativas como incentivos fiscais e programas de apoio, muitos empreendedores enfrentam dificuldades em garantir capital inicial ou expandir operações devido à dependência de sistemas bancários tradicionais.

Para mitigar este obstáculo, é essencial promover soluções financeiras inovadoras, como plataformas de crowdfunding e fundos de capital de risco. Estas iniciativas podem democratizar o acesso ao financiamento, permitindo que empreendedores locais e internacionais acessem recursos financeiros de forma mais eficiente. Além disso, a criação de parcerias com instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial e a IFC, pode fornecer suporte técnico e financeiro para projetos de alto impacto.

2. A redução da burocracia e a simplificação dos processos administrativos

A burocracia excessiva é frequentemente citada como uma barreira para o investimento em Cabo Verde. Apesar das reformas recentes para simplificar os processos administrativos, como a criação de zonas económicas especiais, muitos investidores ainda enfrentam atrasos significativos na obtenção de licenças e aprovações regulatórias.

Uma abordagem eficaz seria a digitalização completa dos processos administrativos, reduzindo a dependência de sistemas manuais. A implementação de portais online para registro de empresas, licenciamento e pagamento de impostos pode acelerar significativamente o tempo necessário para iniciar e operar negócios no país. Além disso, a capacitação de funcionários públicos em práticas de gestão digital pode melhorar a eficiência e a transparência do sistema regulatório.

3. A mitigação dos riscos climáticos e ambientais

Cabo Verde é altamente vulnerável a mudanças climáticas, incluindo secas prolongadas e aumento do nível do mar, que afetam setores críticos como turismo, agricultura e pesca. A dependência de recursos naturais e a localização geográfica do arquipélago aumentam a exposição a riscos ambientais, dificultando a sustentabilidade de investimentos a longo prazo.

Para abordar este desafio, é crucial adotar estratégias de mitigação de riscos climáticos. Investimentos em infraestrutura resiliente, como sistemas de dessalinização e tecnologias de irrigação sustentável, podem reduzir os impactos das mudanças climáticas. Além disso, a diversificação da economia para setores menos dependentes de recursos naturais, como tecnologia e serviços digitais, pode aumentar a resiliência económica do país. Organizações como a World Bank têm destacado a importância de integrar práticas de sustentabilidade em estratégias de desenvolvimento económico.

4. O desenvolvimento do capital humano e a capacitação

Embora Cabo Verde tenha uma população jovem e crescente, a falta de mão de obra qualificada em setores emergentes, como tecnologia da informação e energias renováveis, limita a capacidade do país de atrair e reter investimentos de alto valor. A lacuna entre as competências disponíveis e as exigências do mercado é um obstáculo significativo para o crescimento sustentável.

Para resolver esta questão, é necessário investir em programas de educação e formação profissional alinhados às necessidades do mercado. Iniciativas como o “Cabo Verde Digital” já estão a fomentar o empreendedorismo tecnológico, mas devem ser ampliadas para incluir áreas como energias renováveis e economia azul. Parcerias com universidades internacionais e organizações como a UNICEF podem ajudar a desenvolver currículos especializados e programas de intercâmbio para capacitar a força de trabalho local.

5. A promoção de Parcerias Público-Privadas (PPPs)

As Parcerias Público-Privadas (PPPs) têm o potencial de desbloquear investimentos significativos em setores estratégicos, como infraestrutura, turismo sustentável e energias renováveis. No entanto, a falta de clareza em contratos e a ausência de um quadro regulatório robusto para PPPs em Cabo Verde têm limitado a sua eficácia.

Para maximizar o impacto das PPPs, o governo deve estabelecer um quadro regulatório claro e transparente que defina os papéis e responsabilidades de cada parte envolvida. Além disso, a criação de um órgão independente para monitorar e avaliar os projetos de PPP pode aumentar a confiança dos investidores. Exemplos de sucesso em outros países africanos podem servir como modelos para Cabo Verde, incentivando a replicação de práticas eficazes.

6. O incentivo à economia circular e a sustentabilidade

Embora a economia circular seja uma tendência crescente em mercados globais, Cabo Verde ainda está nos estágios iniciais de adoção desta abordagem. A dependência de importações e a produção limitada de bens locais representam desafios para a implementação de práticas de economia circular.

Para superar este obstáculo, é necessário investir em infraestrutura e tecnologia que suportem a reciclagem, reutilização e redução de resíduos. Incentivos fiscais para empresas que adotam práticas sustentáveis podem acelerar a transição para uma economia circular. Além disso, campanhas de sensibilização pública podem educar a população sobre os benefícios económicos e ambientais da sustentabilidade.

7. A expansão da conectividade digital e a infraestrutura tecnológica

Apesar dos avanços na conectividade digital, com 65% da população tendo acesso à internet em 2023 (ITU), a infraestrutura tecnológica de Cabo Verde ainda enfrenta limitações, especialmente em áreas rurais. A falta de acesso a redes de alta velocidade e a dependência de tecnologias obsoletas restringem o crescimento de setores como fintech e comércio digital.

Para resolver este problema, é essencial aumentar os investimentos em infraestrutura digital, incluindo a instalação de redes de fibra ótica e a expansão da cobertura de internet móvel. Parcerias com empresas de tecnologia globais podem fornecer os recursos e conhecimentos necessários para modernizar a infraestrutura tecnológica do país. Além disso, a criação de hubs tecnológicos em zonas económicas especiais pode atrair startups e empresas inovadoras para Cabo Verde.

8. A diversificação económica para reduzir a dependência do Turismo

Embora o turismo represente 25% do PIB de Cabo Verde, a dependência excessiva deste setor torna a economia vulnerável a choques externos, como pandemias ou crises económicas globais. A diversificação económica é, portanto, essencial para garantir a sustentabilidade a longo prazo.

Setores como economia azul, energias renováveis e agricultura sustentável oferecem oportunidades significativas para diversificação. Por exemplo, o desenvolvimento da aquacultura e da pesca sustentável pode aumentar as exportações e criar empregos locais. Da mesma forma, a expansão do setor de energias renováveis, com a meta de atingir 50% da matriz energética até 2030, pode reduzir a dependência de combustíveis fósseis e atrair investimentos estrangeiros.


Esta é uma análise detalhada dos desafios e recomendações para maximizar as oportunidades de negócio em Cabo Verde, destacando áreas críticas que exigem atenção imediata e estratégias específicas para promover o crescimento económico sustentável.

Conclusão

O relatório evidencia que Cabo Verde apresenta um ambiente promissor para investimentos, com setores estratégicos em crescimento, como turismo sustentável, energias renováveis, tecnologia, agricultura sustentável e indústria criativa. O turismo sustentável continua a ser um dos pilares económicos do país, com iniciativas governamentais como o Programa Operacional do Turismo (POT) 2022-2026 a impulsionar a diversificação geográfica e a promoção de experiências autênticas, atraindo um perfil de turista mais consciente. Paralelamente, o setor de energias renováveis destaca-se pela ambição de atingir 50% de energia renovável até 2030, com projetos emblemáticos como a central eólica Cabeólica e o sistema de armazenamento por baterias (BESS) em larga escala, que reforçam a segurança energética e a sustentabilidade ambiental do arquipélago (Expresso das Ilhas).

O setor tecnológico também tem registado avanços significativos, com o crescimento do ecossistema de startups e a digitalização de serviços, apoiados por programas como o “Tech Hub CV”. Estes esforços são complementados por iniciativas de inclusão financeira e formação em competências digitais, que fortalecem o capital humano e a competitividade do país. Adicionalmente, a integração de práticas inovadoras na agricultura e a valorização da indústria criativa, através da exportação de cultura e parcerias internacionais, reforçam a diversificação económica e a sustentabilidade. No entanto, desafios como o acesso ao financiamento, a burocracia e os riscos climáticos exigem atenção contínua. A adoção de estratégias como a digitalização administrativa, o fortalecimento de parcerias público-privadas e o investimento em infraestrutura resiliente e conectividade digital são passos essenciais para maximizar as oportunidades de negócio e consolidar Cabo Verde como um destino atrativo para investidores internacionais (World Bank).

Em suma, Cabo Verde encontra-se numa posição estratégica para alavancar o seu crescimento económico sustentável, com políticas fiscais favoráveis, incentivos à inovação e um compromisso com a sustentabilidade. Contudo, para garantir o sucesso a longo prazo, é fundamental continuar a diversificar a economia, mitigar os riscos climáticos e promover a capacitação da força de trabalho local. A implementação de soluções inovadoras e a atração de investimentos estrangeiros em setores emergentes serão determinantes para transformar os desafios em oportunidades e consolidar o arquipélago como um modelo de desenvolvimento sustentável na África Ocidental.

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