Indicador de Confiança no Consumidor em Cabo Verde: Análise da Evolução Negativa no 1º Trimestre de 2025

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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) em Cabo Verde, um dos principais indicadores económicos que mede o sentimento das famílias em relação à sua situação financeira e à economia do país, registou uma evolução negativa no primeiro trimestre de 2025. Este comportamento reflete a continuidade da tendência descendente observada no final de 2024, conforme os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) INE Cabo Verde.

No período em análise, o ICC situou-se abaixo da média histórica da série, evidenciando uma ligeira diminuição na confiança das famílias cabo-verdianas. Este declínio é atribuído, em parte, à percepção negativa dos consumidores sobre a evolução da economia nacional e ao aumento dos preços e do desemprego, conforme relatado pelos inquiridos no inquérito de conjuntura do consumidor Trading Economics.

Apesar da queda, o indicador manteve-se próximo da média da série histórica, sugerindo que, embora exista pessimismo em relação ao curto prazo, há sinais de otimismo cauteloso para o futuro. Este cenário é corroborado pelo facto de algumas famílias manifestarem intenções de investir em habitação nos próximos anos, mesmo num contexto de incerteza económica Forbes África Lusófona.

A análise deste indicador é crucial para compreender o comportamento dos consumidores e o impacto das suas expectativas na economia cabo-verdiana. Este relatório explora, de forma detalhada, os fatores subjacentes à evolução negativa do ICC, as suas implicações económicas e as perspectivas para os próximos trimestres.

Análise da evolução do Indicador de Confiança no Consumidor em Cabo Verde no 1º trimestre de 2025

Contexto Económico e Tendência Descendente

No primeiro trimestre de 2025, o Indicador de Confiança no Consumidor (ICC) em Cabo Verde registou uma evolução negativa, mantendo a tendência descendente observada no final de 2024. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o índice situou-se abaixo da média da série histórica, refletindo um ambiente de incerteza económica que continua a impactar as famílias cabo-verdianas (Expresso das Ilhas).

Os inquiridos relataram uma perceção agravada da situação económica do país, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este agravamento foi acompanhado por um aumento dos preços e do desemprego, fatores que contribuíram para a diminuição da confiança no curto prazo (Forbes África Lusófona).

Impacto na Situação Económica das Famílias

Apesar da evolução negativa do ICC, as famílias inquiridas indicaram que a situação económica dos seus lares apresentou uma ligeira melhoria nos últimos 12 meses. Este contraste entre a perceção da economia doméstica e a economia nacional sugere que as famílias estão a ajustar as suas expectativas com base em experiências pessoais, enquanto continuam a enfrentar desafios macroeconómicos (Expresso das Ilhas).

No entanto, a capacidade de poupança das famílias também registou uma evolução positiva. Em comparação com o primeiro trimestre de 2024, o número de famílias que consideram possível poupar aumentou ligeiramente, enquanto a percentagem das que consideram a poupança inviável caiu 23,5 pontos percentuais (Forbes África Lusófona).

Influência dos Preços e do Desemprego

Os preços e o desemprego foram identificados como fatores críticos que contribuíram para a diminuição da confiança no consumidor. Nos últimos 12 meses, os inquiridos relataram aumentos significativos em ambas as áreas, o que reforçou a perceção de fragilidade económica. Este cenário é consistente com a tendência observada em trimestres anteriores, onde a inflação e as dificuldades no mercado de trabalho continuaram a pressionar os orçamentos familiares (Expresso das Ilhas).

Comparação com a Média da Série Histórica

Embora o ICC tenha registado uma evolução negativa, o índice manteve-se acima da média da série histórica em determinados períodos. Este facto indica que, apesar das dificuldades, as famílias cabo-verdianas ainda possuem um nível moderado de confiança. Contudo, a descida contínua do índice ao longo de sete trimestres consecutivos reflete um cenário de incerteza económica prolongada, que pode dificultar a recuperação da confiança no médio prazo (Trading Economics).

Expectativas para os Próximos 12 Meses

Apesar da evolução negativa no primeiro trimestre de 2025, os inquiridos demonstraram algum otimismo em relação ao futuro. De acordo com os dados do INE, espera-se uma melhoria na situação financeira das famílias e na economia do país nos próximos 12 meses. Esta expectativa positiva pode ser atribuída a iniciativas governamentais e à recuperação gradual de setores-chave, como o turismo, que desempenha um papel crucial na economia cabo-verdiana (Notícias ao Minuto).

Comparação entre os dados do 1º trimestre de 2025 e períodos anteriores

Desempenho do Indicador no 1º Trimestre de 2025

No primeiro trimestre de 2025, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) em Cabo Verde apresentou uma evolução negativa em relação ao período homólogo de 2024, mantendo a tendência de queda observada no final de 2024. O indicador situou-se abaixo da média da série histórica, refletindo uma ligeira diminuição na confiança das famílias cabo-verdianas. Este desempenho negativo foi destacado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que apontou que, apesar da deterioração, a situação económica dos lares melhorou ligeiramente nos últimos 12 meses, enquanto a percepção sobre a economia nacional continuou a deteriorar-se (Expresso das Ilhas).

Comparativamente ao quarto trimestre de 2024, quando o ICC registou 13 pontos, o primeiro trimestre de 2025 mostrou uma continuidade na tendência descendente, mas com uma intensidade menor. Este comportamento reflete uma persistência de fatores económicos adversos, como o aumento dos preços e a percepção de uma economia nacional em dificuldades.

Comparação com o Quarto Trimestre de 2024

O desempenho do ICC no quarto trimestre de 2024 marcou uma queda significativa, descendo de 16 pontos no terceiro trimestre para 13 pontos no final do ano. Este declínio foi atribuído a uma combinação de fatores, incluindo o aumento da inflação e a incerteza económica global, que afetaram a confiança dos consumidores cabo-verdianos (Trading Economics).

No primeiro trimestre de 2025, embora o ICC tenha continuado a descer, a magnitude da queda foi menor, sugerindo uma possível estabilização da confiança em níveis baixos. Este comportamento pode ser interpretado como um reflexo de uma adaptação das famílias cabo-verdianas às condições económicas adversas, mas sem sinais claros de recuperação.

Comparação com o Primeiro Trimestre de 2024

Em relação ao mesmo período do ano anterior, o ICC no primeiro trimestre de 2025 apresentou uma evolução negativa. No primeiro trimestre de 2024, o indicador situava-se acima da média histórica, refletindo um otimismo cauteloso impulsionado por expectativas de recuperação económica pós-pandemia. No entanto, a continuidade de desafios económicos, como o aumento do custo de vida e a instabilidade global, reverteu essa tendência positiva ao longo de 2024, culminando na deterioração observada no início de 2025.

Este contraste evidencia uma mudança significativa no sentimento dos consumidores, que passaram de um otimismo moderado para uma visão mais pessimista, influenciada por fatores como a inflação persistente e a desaceleração do crescimento económico.

Comparação com a Média Histórica

Historicamente, o ICC em Cabo Verde apresentou uma média de 14,06 pontos entre 2009 e 2024, com um máximo de 24 pontos no primeiro trimestre de 2010 e um mínimo de 4 pontos no quarto trimestre de 2015 (Trading Economics). No primeiro trimestre de 2025, o indicador ficou abaixo dessa média, refletindo um nível de confiança inferior ao padrão histórico.

A comparação com a média histórica destaca a gravidade da situação atual, indicando que os consumidores cabo-verdianos enfrentam desafios económicos significativos que afetam negativamente a sua confiança. Este desempenho abaixo da média também sublinha a necessidade de políticas económicas eficazes para restaurar a confiança e impulsionar o consumo.

Tendências de Longo Prazo e Perspectivas

A análise das tendências de longo prazo revela que o ICC em Cabo Verde tem enfrentado flutuações significativas, influenciadas por eventos económicos globais e locais. Por exemplo, o índice atingiu o seu ponto mais alto em 2010, durante um período de crescimento económico robusto, e o seu ponto mais baixo em 2015, durante uma crise económica severa.

No contexto atual, a tendência descendente observada desde o final de 2024 sugere que os consumidores continuam a enfrentar incertezas económicas. No entanto, as expectativas para os próximos trimestres podem ser moderadamente positivas, caso as condições económicas melhorem e as políticas governamentais consigam mitigar os impactos da inflação e estimular o crescimento económico.

Esta análise detalhada do desempenho do ICC no primeiro trimestre de 2025, em comparação com períodos anteriores, fornece uma visão abrangente sobre os desafios e as oportunidades para a economia cabo-verdiana. A continuidade da monitorização e a implementação de medidas políticas eficazes serão cruciais para restaurar a confiança dos consumidores e promover o desenvolvimento económico sustentável.

Impactos económicos e sociais da evolução negativa na confiança dos consumidores cabo-verdianos

Redução do Consumo e Impacto na Economia Interna

A diminuição da confiança dos consumidores em Cabo Verde, observada no primeiro trimestre de 2025, tem um impacto direto no consumo interno, que é um dos principais motores da economia. Quando os consumidores percebem um ambiente económico incerto, tendem a reduzir os seus gastos em bens e serviços não essenciais, priorizando a poupança ou o pagamento de dívidas. Este comportamento resulta numa contração da procura interna, afetando negativamente setores como o comércio, a restauração e os serviços, que dependem fortemente do consumo privado.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a maioria das famílias cabo-verdianas relatou uma perceção negativa da economia nacional nos últimos 12 meses, o que contribuiu para a redução do consumo. Este cenário é agravado pelo aumento dos preços e do desemprego, que pressionam os orçamentos familiares e limitam a capacidade de consumo. A queda do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) para 13 pontos no quarto trimestre de 2024, como reportado pela Trading Economics, reflete esta tendência de retração económica.

Deterioração do Mercado de Trabalho

A redução da confiança dos consumidores também tem repercussões no mercado de trabalho, uma vez que a diminuição do consumo interno leva as empresas a ajustarem as suas operações, frequentemente através da redução de custos, que pode incluir despedimentos ou congelamento de contratações. Este ciclo cria um efeito de retroalimentação negativa, onde o aumento do desemprego reduz ainda mais a confiança dos consumidores, perpetuando a contração económica.

Segundo o INE, os inquiridos identificaram o desemprego como um dos fatores mais preocupantes nos últimos 12 meses. Este aumento do desemprego, aliado à inflação, contribui para a perceção de instabilidade económica, que afeta tanto os trabalhadores como os empregadores. O setor do turismo, que representa cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde, é particularmente vulnerável a estas flutuações, dado que a redução da procura turística tem um impacto direto nos níveis de emprego do setor.

Efeitos na Poupança e no Investimento Familiar

A evolução negativa do ICC também influencia os padrões de poupança e investimento das famílias cabo-verdianas. Apesar de algumas famílias terem relatado melhorias na situação económica dos seus lares, como mencionado pelo INE, a maioria continua a enfrentar dificuldades em poupar devido ao aumento dos custos de vida e à incerteza económica.

A redução da confiança tem levado muitas famílias a adiar decisões de investimento, como a compra de habitação ou a aquisição de bens duráveis, que são frequentemente vistos como compromissos financeiros de longo prazo. Este comportamento, embora compreensível num contexto de incerteza, limita o crescimento de setores como a construção civil e o mercado imobiliário, que dependem de investimentos familiares. No entanto, o Diário Económico aponta que há um aumento no número de famílias que consideram investir em habitação nos próximos dois anos, o que pode sinalizar uma recuperação gradual da confiança.

Pressões sobre os Serviços Públicos e Políticas Governamentais

A redução da confiança dos consumidores também coloca pressão adicional sobre os serviços públicos e as políticas governamentais. Com o aumento do desemprego e a diminuição do consumo, a arrecadação de receitas fiscais tende a cair, limitando a capacidade do governo de financiar programas sociais e de investimento público. Este cenário pode agravar ainda mais as desigualdades económicas e sociais, especialmente entre as populações mais vulneráveis.

Para mitigar os impactos da crise de confiança, o governo cabo-verdiano tem implementado medidas para estimular a economia e restaurar a confiança dos consumidores. Estas incluem iniciativas para apoiar o setor do turismo, que é crucial para a recuperação económica do país, e programas de assistência social para aliviar o impacto da inflação nas famílias de baixa renda. No entanto, a eficácia destas medidas dependerá da capacidade do governo de equilibrar as restrições orçamentais com a necessidade de estímulo económico.

Consequências Psicológicas e Sociais

Além dos impactos económicos, a evolução negativa da confiança dos consumidores tem efeitos significativos no bem-estar psicológico e social das famílias cabo-verdianas. A incerteza económica e o aumento do desemprego contribuem para níveis mais elevados de stress e ansiedade, que podem afetar a saúde mental e a qualidade de vida das populações.

A redução da confiança também pode enfraquecer o tecido social, uma vez que as famílias e comunidades enfrentam desafios crescentes para manter os seus padrões de vida e apoiar os membros mais vulneráveis. Este cenário sublinha a importância de políticas públicas que não apenas abordem os desafios económicos, mas também promovam o bem-estar social e psicológico.

Em suma, a evolução negativa do ICC em Cabo Verde no primeiro trimestre de 2025 destaca a complexidade dos desafios económicos e sociais enfrentados pelo país. A recuperação da confiança dos consumidores será essencial para impulsionar o crescimento económico e melhorar o bem-estar das famílias, exigindo uma abordagem integrada que combine políticas económicas eficazes com medidas de apoio social.

Conclusão

A análise do Indicador de Confiança no Consumidor (ICC) em Cabo Verde no primeiro trimestre de 2025 revelou uma evolução negativa, refletindo a continuidade da tendência descendente observada desde o final de 2024. Este desempenho foi influenciado por fatores como o aumento dos preços e do desemprego, que agravaram a perceção de incerteza económica entre os consumidores. Apesar disso, registou-se uma ligeira melhoria na situação económica das famílias e na capacidade de poupança, sugerindo uma adaptação parcial às condições adversas. Contudo, o ICC manteve-se abaixo da média histórica, evidenciando um nível de confiança inferior ao padrão habitual, o que sublinha a gravidade do contexto económico atual (Expresso das Ilhas).

Os impactos desta evolução negativa são significativos, abrangendo desde a redução do consumo interno, que afeta setores económicos chave, até ao aumento do desemprego e à pressão sobre os serviços públicos. A retração da confiança também limita o investimento familiar e agrava as desigualdades sociais, enquanto contribui para o aumento do stress e da ansiedade entre as populações. Para mitigar estes efeitos, será essencial implementar políticas económicas eficazes que promovam a recuperação da confiança, como o estímulo ao setor do turismo e medidas de apoio às famílias mais vulneráveis. Além disso, a monitorização contínua do ICC e a adaptação das políticas públicas às necessidades emergentes serão cruciais para restaurar a estabilidade económica e social no médio prazo (Trading Economics).

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