“Com a regulamentação das novas profissões sujeitas à carteira profissional estamos a dar um passo muito importante para a qualificação da formação em Cabo Verde” – Ministro Eurico Monteiro

O Ministro da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial assegurou, esta terça-feira, 29 de julho, durante o atelier de socialização da regulamentação das novas profissões sujeitas à Carteira Profissional, promovido pela da Direção-Geral do Emprego, que, com o alargamento do âmbito de aplicação da Carteira Profissional a outras áreas profissionais, o Governo de Cabo Verde está a dar um passo muito importante para a qualificação da formação em Cabo Verde. Isso porque, explicou, com a disponibilização desta importante ferramenta, “criamos as condições para que as pessoas possam se afirmar pessoalmente e realizar-se profissionalmente, seja por via do emprego por conta do outrem, seja por via do autoemprego, com recurso ao empreendedorismo”.

Para tal, “temos um ecossistema preparado para dar suporte em todas as etapas desse processo”, garantiu o Ministro, para quem “nunca houve em Cabo Verde tanta formação profissional quanto no período em que estamos a viver”. “Estamos a falar de mais de 54 mil formandos nestes últimos oito anos, além de milhares de estágios profissionais e uma oferta formativa muito variada”, informou o governante, destacando os significativos avanços alcançados no setor da formação profissional, nos últimos anos.

No que concerne à Carteira Profissional, que, a par de algumas profissões da família profissional de Hotelaria, Restauração e Turismo (HRT) – Rececionista de Hotel, Empregado de Mesa e Bar, Guia de Turismo, Cozinheiro e Pasteleiro –, passa a ser aplicada às famílias profissionais de i) Produção, Transporte e Distribuição de Energia Elétrica (PTE); ii) Serviços sociais culturais e comunitários (SCC); iii) Instalação e Manutenção (IMA); iv) Metalomecânica (MET); v) Meio Ambiente e Segurança (MES); vi) Artes Plásticas e Artesanato, Música e Artes de Representação (ART); e vii) Comércio, Transporte e Logística (COM); bem como as demais profissões da família de HRT, o Ministro reforçou que a regulamentação se faz necessária para proteger os cidadãos e as empresas, garantindo aos solicitantes dos serviços, que estes profissionais estejam de facto qualificados. “Queremos dar a garantia de que quando contratamos uma pessoa para fazer um determinado serviço, seja na área da instalação elétrica, ou qualquer outro equipamento, seja na área da cozinha, do turismo, segurança privada, ambiente, ou mesmo na área da metalomecânica ou da mecatrônica, estamos a lidar com um profissional competente, formado ou com competências validadas”, explicou.

Mais: “Estamos perante um instrumento que nos dá garantia da qualidade do serviço que estamos a receber ou do trabalho que nos é prestado, além de ser uma ferramenta que valoriza e qualifica o serviço do profissional, fazendo com que este se sinta valorizado, já que passa a ser reconhecido pela sua competência”, prosseguiu o Ministro, elencando as vantagens da Carteira Profissional, cujo requisito para obtenção, em regra, passa por frequentar uma ação de formação ou sujeitar-se a um processo de Reconhecimento e Validação de Certificação das Competências (RVCC), quando já se tem conhecimento na matéria, mas não se é certificado.

“Estou convencido de que o alargamento da Carteira Profissional representará um ganho importante para as pessoas, para as empresas e para as próprias profissões”, finalizou o Ministro, regozijando-se com o apoio consistente de importantes parceiros como as Cooperações Luxemburguesa e Portuguesa, e o Banco Mundial, para que tenhamos uma oferta formativa cada vez mais forte e diversificada.

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